A saída de cena de empresas em razão da atual pandemia é indesejável do ponto de vista econômico e social.
No Brasil, os esforços nesse sentido foram iniciados pelo BC (Banco Central). Ao abrir linhas de assistência financeira de liquidez, reduzir requerimentos de capital anticíclicos, relaxar regras de provisionamento e recolhimento compulsório, entre outras medidas, o BC agiu tempestivamente para evitar que a crise contagiasse o sistema financeiro.
Em um segundo momento, reconheceu-se que aquelas medidas não seriam suficientes para que empresas não financeiras conseguissem acessar ou renegociar crédito bancário. Isso motivou a abertura de linhas de crédito extraordinárias custeadas com recursos fiscais, especialmente pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Contudo, o resgate público pode não alcançar volume suficiente para – ou pode não chegar a tempo de – evitar quebras indesejáveis.
As pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam situação especialmente preocupante. Além de ter pouco poder de barganha para aliviar suas contas por meio da renegociação de contratos com credores, elas têm menos dinheiro em caixa – estima-se que, em cenários adversos, possam resistir, em média, por pouco menos de um mês.
Já as grandes empresas, com um planejamento estratégico eficaz, poderão sair ilesos dessa crise.